Poesias

Voragem

Teu corpo ondulante e nervoso
Qual corsa audaz
Galga a montanha
Meu corpo, atrás
Qual tua sombra
Alegre te acompanha

E sobe cada vez mais.

E o alto atinges num deslumbramento
Em cima o abismo azul do firmamento.
Embaixo o abismo azul do mar profundo.

E entre os dois abismos
O abismo sem fim
Das nossas bocas
Na voragem eterna e infinita
De um beijo fora do tempo e do espaço.